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Quarta-feira, 11 de Maio, 2011

por sebastião peixoto

 

  Sebastião Peixoto nasceu em Braga e cedo se lhe conheceram aptidões dignas de autodidacta para a pintura, pois recordo-me dele em plena década de 90, mas sobretudo nos seus primórdios quando tínhamos em comum vários locais de ócio e de divertimento em comum como eram casos do Bar Deslize ou mais perto de nossas casas – vivíamos na zona das Enguardas, S. Victor, a maior freguesia da cidade e a segunda maior a norte do rio Douro – o Tuaregue, hoje Fórum Arte Bar e era neste recinto que vezes sem conta o observava a fazer traços de lápis ou caneta num simples guardanapo. E era cada desenho, meus senhores.

Recordo-me concretamente de uma noite onde nos reunimos mais uma vez nesse tal Bar Tuaregue e pedi-lhe para fazer o “meu boneco” no estúdio da rádio em que colaborava na altura (RUM) a fazer uma emissão. Pois como sempre não se mostrou rogado e com aquele sorriso que lhe era peculiar num par de olhos que marcava a sua perspicácia e talento, anuiu ao meu pedido e em meia dúzia de “segundos” o que lhe pedira estava ali fielmente representado e nem o canelado do papel de guardanapo impedia o seu traço firme, compenetrado e já então eu lhe previa, caso fosse sua intenção, um futuro brilhante no mundo extraordinário das Belas Artes. Pedia apenas para não ser mais uma promessa, um rasto de “pólvora seca” como acontece com inúmeros valores espalhados por esta cidade, por este país.

 

  por sebastião peixoto

                                                                           

Tião, como carinhosamente era conhecido no seu universo de amigos, era assim, um miúdo tímido mas quando se tratava de pintura ou desenho esquecia-se dessa sua característica, e num ápice apresentava-nos trabalhos de ficar de cara á banda.

Felizmente, testemunhei muitos quadros seus ora pintados a óleo, aguarela, ou serigrafias ou então tão singelo como o traçado do lápis, esta vertente muitas vezes usada em grupo de amigos, todos à volta de uma mesa onde se iam acumulando as cervejas que animavam mais uma conversa enquanto esperávamos por mais uma”obra em guardanapo”do nosso querido amigo.

Em relação aos meus, os que muito honrosamente ainda hoje guardo, vejo-os sempre aliados a um tempo de esperanças, de descobertas de tempos que corriam depressa mas de feição aos sonhos se nós quiséssemos muito esse sonho. Nada era capaz de impedir. E isso aconteceu com Tião que o encontrei anos mais tarde, já ambos tínhamos passado a juventude e vivíamos já tempos de adulto, homens feitos e servidores da sociedade. Soube que felizmente foi um dos que seguiu o rasto dos seus sonhos e conseguiu o curso de Belas Artes, agradeci aos deuses e coloquei logo a minha cabeça a funcionar: Caso fosse avante o meu projecto de fazer um 4 em 1: cafetaria, livraria, discoteca e local de exposições, decerto podia contar com o Tião para colocar debaixo das luzes da ribalta os seus quadros, para que se espalhasse a sua qualidade o seu por entre o publico que iria passar por aquele que queria um ponto de encontro em pleno casco velho da cidade. Ainda não saiu do papel, mas sei que será mais uma valia não só para o espaço que gostava de um dia possuir onde se respirasse acima de tudo cultura, com exposições, workshops, tertúlias até quem sabe o partilhar de experiências e aí o Tião seria para além de um ilustre da casa mais um nome em que podia apostar e decerto haveria muita juventude ávida de tentar as Belas Artes.

De resto as 3 ou 4 obras de sua autoria que apresento junto com este post falam por si.

 

 

 por sebastião peixoto

 

Obra de grande impacto, que evoluiu bastante em relação aquela a que muitas vezes assisti na década de 90. Mas enquanto nessa altura Tião estava em crescimento artístico e a evoluir como devia ser, como acontece com todo o bom artista, apenas amadureceu as ideias, os traços ficaram mais seguros de si, quiçá por que se sentia ele também mais seguro das suas capacidades. Depois as entrevistas que deu a publicitação dos seus trabalhos mostram um universo muito seu, por vezes para lá do imaginário, um mundo em que podemos ser aquilo que bem entendemos. Assim vejo eu o traço do meu querido amigo Sebastião Peixoto.

Peca por tardio teste artigo pois graças a um encontro fortuito entre ambos é que ele é escrito hoje com este conteúdo, mas que será sempre diferente e sempre a acrescentar algo mais neste blogue, disso podem ter certeza.

E para o Tião apenas mais um reconhecimento, desta vez vindo do seu círculo de (velhas) amizades daquelas que tem tanto para contar, de que a sua obra é digna de ser exposta e eu acredito que se o timing for o mais apropriado brevemente este meu amigo não terá mãos a medir com exposições sem esquecer o seu trabalho como ilustrador freelancer. Por isso se algum leitor deste espaço estiver interessado pelos seus serviços com base não apenas nas suas obras aqui apresentadas, mas se quiser através do seu blogue http://brufen600.blogspot.com/ que depois ainda o orientará para outros hiperligações de igual interesse.

 

 

 

Certamente que seguidor da arte moderna, prosseguindo o caminho traçado pelos artistas de vanguarda do tempo em que desenhava os tais “bonecos” em guardanapo. Aliás agora lembro-me que ofereceu por alturas do aniversário da minha namorada da altura uma pintura em aguarela da qual recordo em posição altiva e proeminente Mozart e depois aplicando o seu estilo muito próprio com o campo e a cidade a cruzarem-se, o resto não me recorda porque já lá vão muitos anos. Mas fixei esse quadro que muitas vezes tentei resgatar sempre sem sucesso.

Acredito que as primeiras experiências deram-se no desenho, especialmente como caricaturista. As tais alturas em que só o víamos com lápis e caderno de folhas lisas debaixo do braço. E sempre que o via pensava que quem amava a arte daquela forma com persistência, amor e paixão só tinha de singrar, não podia ficar perdido ou que fosse um sonho interrompido a meio. Não. Nada disso se houvesse justiça, Tião tinha que um dia mais tarde de conseguir olhar para trás e dizer que tudo valeu a pena. Só para agora testemunhar de um lugar diferente do usual toda a sua obra. E que Obra!  

Assim, meu amigo Tião continua com a tua obra que quem sabe um dia terei o prazer único de expor no espaço meu as tuas pinturas e quiçá alguma boa recordação daqueles tempos da década de 90. Parabéns e bem hajas por te ter como Amigo. CAR

 

publicado por carlitos às 23:36

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