Morte de Bin Laden
PJ desvaloriza alerta da Interpol
Polícia internacional avisou países membros para a possibilidade de haver atentados de retaliação pela morte do líder da Al-Qaeda
A Polícia Judiciária (PJ) desvalorizou, esta segunda-feira, o aviso emitido pela Interpol para possíveis retaliações de grupos extremistas islâmicos na sequência da morte de Bin Laden, referindo manter o nível de alerta permanente para qualquer alteração à segurança nacional.
A PJ tem «competência na prevenção e investigação de situações de risco» de possíveis atentados em Portugal pelo que a «Unidade de Combate ao Terrorismo (UCAT) está em constante ligação com os serviços congéneres» para troca de informação, disse à Lusa fonte da polícia.
Lembrando que «têm existido outros alertas» - como o aviso emitido no encontro dos dirigentes políticos internacionais na base das Lages, quando foi decidida a invasão do Iraque - a fonte da PJ sublinhou ser necessário garantir a tranquilidade.
«O importante é tranquilizar, porque não é a primeira vez que os avisos acontecem», além de que os cidadãos podem confiar nos «serviços, que estão muito atentos» quer a nível interno quer a nível internacional, acrescentou.
Em termos de segurança, «estamos a falar de pessoas, bens e instalações», sendo «um conjunto de variáveis com responsabilidade repartida e com uma análise partilhada de informações, entre os diferentes serviços», como a Judiciária, Serviços de Informações de Segurança (SIS), Polícia de Segurança Pública (PSP), Guarda Nacional Republicana (GNR) e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), entre outros, referiu.
O secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, alertou os 188 países membros para estarem em «alerta total em relação a atos de retaliação da Al-Qaeda pela morte do líder» radical islâmico, Osama Bin Laden.
Local não tinha internet ou telefone
A cadeia de televisão norte-americana ABC divulgou em exclusivo imagens do interior da casa onde Osama bin Laden foi morto pelas forças norte-americanas. Nas imagens é possível ver um colchão no chão e uma poça de sangue junto da roupa de cama.
Um funcionário da Segurança Interna dos EUA disse, esta segunda-feira, que o objetivo da equipa que atacou o composto onde estava escondido Bin Laden era matar e não capturar Osama bin Laden.
Segundo noticia a ABC, a operação começou a ser desenhada há oito meses quando chegou à CIA uma pista de que Bin Laden estaria no local onde agora atacado. Era uma casa de três andares, num complexo de muros altos e protegidos, mas onde não havia instalação telefónica nem acesso à Internet. A poucas centenas de metros, fica a academia do Exército paquistanês.
A casa onde Osama vivia era oito vezes maior do que as normalmente existentes na cidade Abbottabad, que tem cerca de 90 mil habitantes e está situada a norte da capital do Paquistão.
Bin Laden foi abatido a tiro por tropas especiais dos fuzileiros norte-americanas, os Seals. Depois de confirmada a identidade do líder da Al-Qaeda, o corpo de Bin Laden terá sido sepultado algures no mar.
Barack Obama deu ordem para atacar Bin Laden na semana passada, depois da CIA ter localizado o paradeiro do líder da Al-Qaeda, no norte do Paquistão. Dez anos depois do 11 de Setembro, esta segunda-feira, às 04:30 da manhã, hora de Lisboa, o presidente dos EUA anunciou ao mundo a morte do homem mais procurado pelos americanos
Num discurso ao país anunciado com cerca de uma hora de antecedência, Barack Obama revelou alguns pormenores da operação militar desencadeada nas últimas semanas para «deter e levar à Justiça» o líder da Al-Qaida, mas Osama Bin Laden acabaria morto durante uma troca de tiros entre as tropas americanas e os seus seguidores, da qual resultaram ainda mais 5 mortos. Apesar das palavras de Obama, uma fonte da segurança interna norte-americana garante que a ordem era mesmo para liquidar Bin Laden.
Considerado desde os atentados do 11 de Setembro de 2001, incluindo o ataque às Torres Gémeas do World Trade Center, como o principal alvo dos Estados Unidos, Osama Bin Laden era procurado pelas autoridades norte-americanas nas regiões montanhosas do Paquistão.
Portugal já reagiu à morte de Osama Bin Laden, considerando que é um marco simbólico na luta contra o terrorismo, mas o presidente do Observatório de Segurança e Criminalidade Organizada (OSCOT) espera retaliações com atentados terroristas no mundo ocidental.
Já os presidentes da Comissão Europeia, do Conselho da União Europeia e do Parlamento Europeu são unânimes: «Acordámos num mundo mais seguro».
Vaticano: Bin Laden vai ter de responder a Deus por muitas mortes
Serve para lembrar os cristãos da «responsabilidade de cada pessoa diante de Deus e dos homens», disse o porta-voz do Vaticano
O líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, vai ter de responder perante Deus pela morte de muitas pessoas. É desta forma que o Vaticano reage, esta segunda-feira, às notícias da morte de Osama bin Laden.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que a morte de Bin Laden serve para lembrar os cristãos da «responsabilidade de cada pessoa diante de Deus e dos homens».
«Osama bin Laden, como todos sabem, teve a grande responsabilidade de ter espalhado divisão e ódio entre as pessoas, causando a morte de um número incontável número de pessoas e a exploração da religião para esses fins», disse.
A morte de Osama bin Laden foi, esta segunda-feira de madrugada, anunciada por Barak Obama, presidente dos Estados Unidos. O líder da Al-Qaeda foi morto no Paquistão, durante uma operação de forças especiais norte-americanas.
Interpol alerta para alto risco de ataques terroristas
A morte do líder não significa o fim da Al-Qaeda, sublinha Ronald Noble
A Interpol alertou, esta segunda-feira, para um alto risco de atentados terroristas, após a morte de Bin Laden, apelando para medidas de segurança reforçadas e advertindo que a morte do líder da Al-Qaeda pode dar lugar a ataques de represália.
O secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, citado pelas agências noticiosas internacionais, pediu «vigilância extra». «A morte de Bin Laden não representa o desaparecimento de afiliados da Al-Qaeda e os inspirados pela Al-Qaeda, que têm participado e continuarão a participar nos ataques terroristas ao redor do mundo», alertou.
«Daí a necessidade de permanecermos unidos e focados na nossa cooperação em curso e lutar, não só contra esta ameaça global contra o terrorismo, mas também por qualquer grupo em qualquer lugar», acrescentou.
Noble disse que a Interpol se encontra «em alerta máximo para os actos de retaliação, caso Al-Qaeda tenta provar que ainda existem».
Morte de Bin Laden é «sucesso significativo» para a segurança da NATO
Anders Fogh Rasmussen alerta, contudo, que é preciso continuar a missão no Afeganistão para garantir que «nunca mais se torna um refúgio seguro para o extremismo»
A NATO afirmou, esta segunda-feira, que a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, pelas forças norte-americanas foi um «sucesso significativo» para a segurança dos aliados da NATO.
O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, acrescenta, em comunicado, que a organização deve continuar sua missão no Afeganistão para garantir que «nunca mais se torna um refúgio seguro para o extremismo».
«Este é um sucesso significativo para a segurança dos países aliados da NATO e de todas as nações que se juntaram a nós em nossos esforços para combater o flagelo do terrorismo global, para tornar o mundo um lugar mais seguro para todos nós», disse Rasmussen.
Talibãs lançam ameaças após morte de Bin Laden
Ameaças incluem presidente paquistanês Ali Zardari e Estados Unidos
Os talibãs paquistaneses ameaçam atacar líder governamentais, incluíndo o presidente Asif Ali Zardari, o exército paquistanês e os Estados Unidos, depois de Osama Bin Laden ter sido morto no Paquistão.
«Agora os líderes paquistaneses serão os nossos primeiros alvos. Os Estados Unidos serão a seguir», disse o porta-voz do movimento à Reuters
Hamas condena morte de Bin Laden
Grupo palestiniano apelida Osama de «guerreiro santo»
O Hamas condenou esta segunda-feira o homicídio de Osama bin Laden e diz estar em luto pelo «guerreiro santo».
«Olhamos para este homicídio como a continuação da política de opressão muçulmana, levada a cabo pelos Estados Unidos», afirmou aos jornalistas Ismail Haniyeh, chefe da administração do Hamas na Faixa de Gaza.
Bin Laden: o homem que trouxe mais medo ao Mundo
Líder da Al-Qaeda é apontado como o responsável pelos atentados de 11 de Setembro, que acordaram o Mundo para o terrorismo
Herói mujaidine anti-russo e rosto do terrorismo contra alvos dos Estados Unidos, Osama bin Laden é considerado o principal responsável pelos atentados de 11 de Setembro de 2001.
O líder da Al-Qaeda, morto, esta segunda-feira, numa operação militar norte-americana no Paquistão, nasceu em Riade, na Arábia Saudita, em 1957. Foi o 17.º filho dos 50 de Mohamed Bin Laden, um magnata da construção próximo da família real saudita.
A mãe, síria, e o pai mantiveram uma educação islâmica estrita o que, segundo vários especialistas, acabou por condicionar o futuro de Osama.
Pai de cerca de 20 filhos de cinco mulheres, Bin Laden casou-se com a primeira, uma prima, aos 17 anos e usou parte da fortuna para apoiar o combate contra a invasão soviética do Afeganistão, na década de 1980, mantendo-se ao lado do mentor, Abdullah Azzam.
No final da guerra e depois de ter sido recebido na Arábia Saudita como um herói mujaidine, Bin Laden forma a Al-Qaeda.
Quando o Iraque invadiu o Kuwait em 1990, a Arábia Saudita virou-se para os Estados Unidos e Bin Laden abandonou o país onde nasceu. Seguiu para o Sudão onde se reuniram muitos dos seus apoiantes.
O nome surge pouco depois relacionado com um grupo da «jihad» islâmica do Egito, liderado por Ayman al-Zawahiri. Quando o grupo tentou assassinar Hosni Mubarak em 1995, foi expulso do Sudão.
Bin Laden regressou ao Afeganistão onde, protegido pelo regime talibã, começa a instalar os primeiros acampamentos de treino para as ações globais da Al-Qaeda. Na lista dos mais procurados do FBI, Bin Laden é ainda conhecido como «o príncipe», «o emir», Abu Abdallah, Mujahid Shaykh, Hajj, e até «o diretor».
O seu nome é relacionado com alguns dos principais ataques terroristas contra os Estados Unidos, incluindo os das embaixadas em Dar es Salaam (Tanzânia) e em Nairobi (Quénia) em 1998 e o ataque contra o USS Cole, em 2000.
Bin Laden é considerado o autor moral dos atentados contra as Torres Gémeas em Nova Iorque, em 2001, passando então a ser o principal alvo da «guerra contra o terror», iniciada pelo anterior Presidente norte-americano George W. Bush.
Várias vezes, no passado, se chegou a falar da morte de Bin Laden mas, apesar da oferta de uma recompensa de 25 milhões de dólares, nunca foi apanhado.
«Acordámos num mundo mais seguro»
Presidentes da Comissão Europeia, do Conselho da União Europeia e do Parlamento Europeu unânimes na reacção à morte do líder da Al-Qaeda
A morte de Osama bin Laden «torna o mundo um lugar mais seguro» e constitui um grande feito nos esforços para pôr fim ao terrorismo, considerou, esta segunda-feira, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
Numa declaração conjunta, divulgada em Bruxelas, José Manuel Durão Barroso e o presidente do Conselho da União Europeia, Herman van Rompuy, sustentam que «Osama Bin Laden era um criminoso responsável por ataques terroristas horrendos que custaram a vida a milhares de pessoas inocentes». «A sua morte torna o mundo um lugar mais seguro e mostra que tais crimes não ficam impunes», referem.
Considerando a morte de Bin Laden «um grande feito» nos esforços para «libertar o mundo de terrorismo», os presidentes da Comissão e do Conselho garantem que a União Europeia permanece ao lado dos Estados Unidos, dos seus parceiros internacionais e dos seus «amigos no mundo muçulmano» no combate ao extremismo global e no esforço para construir «um mundo de paz, segurança e prosperidade para todos».
Também o presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, já reagira ao anúncio da morte de Bin Laden, afirmando que, «apesar de a luta da comunidade internacional contra os terroristas não ter chegado ao fim, foi dado um passo importante no combate à Al-Qaeda, para dar segurança a milhões de pessoas: cristãos, muçulmanos e todos aqueles que acreditam numa coexistência pacífica». «Acordámos num mundo mais seguro», disse.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou no domingo à noite (hora local) que o chefe da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, foi morto no Paquistão por serviços especiais norte-americanos .
Mundo «aliviado» com morte de Bin Laden
Bush, Clinton e David Cameron já reagiram ao anúncio da morte do líder da Al-Qaeda
O ex-presidente americano George W. Bush disse, esta segunda-feira, que a morte de Osama Bin Laden é «uma vitória para os Estados Unidos», enquanto o seu antecessor Bill Clinton considerou o momento como «profundamente importante» para todo o mundo.
«Esta noite o presidente Obama chamou-me para me informar que as forças americanas mataram Osama Bin Laden», começou por dizer Bush ao salientar que tinha felicitado o chefe de Estado e «os homens e mulheres das forças militares e das agências de informações que dedicaram as suas vidas a esta missão».
«Eles merecem a nossa gratidão eterna», afirmou.
Cameron: «alívio para todos os povos do mundo»
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que a morte de Osama bin Laden é «um grande alívio para todos os povos do mundo». «A notícia da morte de Osama bin Laden é um grande alívio para todos os povos do mundo. Osama bin Laden foi responsável pelas piores atrocidades terroristas do mundo como os ataques de 11 de Setembro (2001) e tantos outros atentados que tiraram a vida a milhares de pessoas, entre os quais muitos britânicos», declarou David Cameron, citado num comunicado dos seus serviços.
O primeiro-ministro britânico disse também que «o momento é para recordar os que foram mortos por Osama bin Laden e todos os que perderam a vida».
Corpo de Bin Laden levado para o Afeganistão e atirado ao mar
Líder da Al-Qaeda sepultado de acordo com as tradições islâmicas
O corpo de Osama Bin Laden foi levado para o Afeganistão e sepultado no mar. De acordo com a CNN, o cadáver do líder da Al-Qaeda foi tratado de acordo com as tradições islâmicas. A cadeia de televisão norte-americana cita um alto funcionário dos Estados Unidos. A mesma informação sobre o funeral de Bin Laden está a ser avançada pelo «The New York Times» e também pelo «Washington Post».
Obama anuncia: «EUA mataram Bin Laden»
Líder da Al Qaeda foi morto por forças especiais norte-americanas numa mansão perto de Islamabad, capital do Paquistão, onde estava escondido
O presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, anunciou, este domingo à noite, a morte de Bin Laden, durante uma operação para o capturar, no Paquistão. Nas ruas dos Estados Unidos, principalmente em Washington e em Nova Iorque, junto ao local onde se situavam as Torres Gémeas, milhares de pessoas reuniram-se para festejar a morte do líder da Al-Qaeda.
O Presidente Barack Obama anunciou esta madrugada que os Estados Unidos mataram o chefe da Al Qaeda, Osama Bin Laden, no Paquistão.
«Esta noite, estou em condições de anunciar aos americanos e ao mundo que os Estados Unidos realizaram uma operação que matou Bin Laden, o dirigente da Al Qaeda, um terrorista responsável pelo assassínio de milhares de inocentes», afirmou Obama numa declaração solene feita na Casa Branca.
Bin Laden foi morto por forças especiais norte-americanas, com helicópteros e uma pequena equipa de «Navy Seals», numa mansão perto de Islamabad, a capital do Paquistão, onde estava escondido. «Nenhum americano morreu na operação», disse Barack Obama, salientando a boa cooperação com as forças antiterroristas paquistanesas.
Os EUA anunciaram ainda que durante a mesma operação morreram outros três homens, um dos quais acreditam tratar-se do filho de Bin Laden.
Numa declaração transmitida a partir da Casa Branca, anunciada apenas com cerca de uma hora de antecedência, Obama lembrou que Bin Laden esteve por detrás dos ataques do 11 de Setembro e «não era um líder [religoso] mas um assassino».
«No início do meu mandato disse ao director da CIA que a prioridade da minha administração na luta contra o terrorismo seria capturar ou matar Bin Laden», disse o presidente norte-americano. «Esta noite, os Estados Unidos lançaram uma mensagem inequívoca: não importa quanto tempo leve, a justiça será feita», afirmou, adiantando que o corpo de Bin Laden está na posse dos americanos, o que permite confirmar a identidade.
Barack Obama precisou que o chefe da Al Qaeda foi morto numa troca de tiros numa residência em que a presença de Bin Laden tinha sido detectada em Agosto passado.
Segundo a «CNN», há muito que os EUA vinham a recolher informaão secreta sobre o paradeiro de Bin Laden e, na sexta-feira, enquanto o mundo estava atento ao casamento real, Obama deu a ordem para que o líder da Al Qaeda fosse morto.
Mal o presidente fez o anúncio, milhares de pessoas juntaram-se em frente à Casa Branca para festejar e em Nova Iorque, na Times Square e no «Ground Zero», o local onde antes dos atentados de 11 de Setembro se erguiam as torres gémeas».
Cavaco Silva manifesta solidariedade aos EUA
Morte do líder da Al-Qaeda é o fim do líder de uma organização terrorista que cometeu «alguns dos mais hediondos atentados da História da humanidade»
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, manifestou, esta segunda-feira, solidariedade para com os Estados Unidos, afirmando que a morte de Bin Laden representa o fim do líder de uma organização terrorista que cometeu «alguns dos mais hediondos atentados da História da humanidade».
Numa mensagem dirigida ao Presidente norte-americano, Barack Obama, colocada na página da Presidência da República, Cavaco Silva manifesta a sua solidariedade para com os Estados Unidos da América, pelo «desenlace da operação militar de que resultou a morte do líder terrorista Osama bin Laden» e manifestando apoio à «luta contra o terrorismo» e à «rejeição de todas as formas de extremismo».
«A presente operação é resultado dos esforços persistentes dos Estados Unidos da América, do povo norte-americano e, em particular, da Administração de Vossa Excelência, na perseguição aos responsáveis por aqueles atentados e constituem um sinal da determinação de todos quantos acreditam na construção de um mundo assente nos valores do diálogo e da tolerância entre povos e culturas», refere.
Morte de Bin Laden não terá «grande reflexo» em Portugal
A opinião é de Mário Mendes, anterior secretário-geral da Segurança Interna
A morte de Bin Laden não terá «grande reflexo» em Portugal nem vai afetar a atividade da Al-Qaeda, embora possa haver tentativas de retaliação, mas as autoridades internacionais estão atentas, afirmou, esta segunda-feira, o anterior secretário-geral da Segurança Interna.
«Em termos específicos do nosso país, não terá grande reflexo uma vez que a atuação do fundamentalismo islâmico em geral não se faz sentir com qualquer tipo de intensidade», disse à agência Lusa Mário Mendes.
Perante os alertas de terrorismo, «há um reforço de todo o sistema preventivo e uma intensificação normal de contactos com as congéneres estrangeiras em termos de informação», uma atuação que tem vindo a ser seguida nos últimos anos, acrescentou.
Para o especialista, este acontecimento «é fundamentalmente marcante do ponto de vista simbólico» já que, a nível prático «a rede [Al-Qaeda] atingiu um nível de dimensão que dificilmente será afetado pela morte do líder».
Quanto à segurança global, «poderão existir alguns fenómenos de tentativa de retaliação desta morte embora toda a gente esteja atenta a esse facto, como foi demonstrado até pelos próprios Estados Unidos ao aconselhar um especial e redobrado cuidado, sobretudo nas instalações militares e outros pontos sensíveis», defendeu.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou no domingo à noite (hora local) que o chefe da organização terrorista islâmica Al-Qaeda, Osama Bin Laden, foi morto no Paquistão por serviços especiais norte-americanos.