O sismo de 8,9 graus na escala de Richter que abalou o Nordeste do Japão na passada sexta-feira e ao qual se seguiu um tsunami devastador pode ter feito 1800 mortos, segundo avança a agência noticiosa nipónica Kyodo.
Entre os escombros, a lama e a destruição, as equipas de resgate continuam a contabilizar mortos. Os números oficiais contabilizam já 687 mortos, mas há sempre outras cifras a juntar-se a aumentar o número, como os 200 a 300 corpos não identificados que foram transferidos ddas prefeituras de Sendai e Miyagi.
Existe registo de 650 pessoas dadas como desaparecidas no registo policial, mas os números dão um salto de gigante quando em Minamisanriku - não há notícia de dez mil habitantes, cerca de metade da população da cidade.
Só durante o sábado mais de 50 réplicas foram sentidas no Japão. A agência Kyodo refere que existem três fogos de larga escala por ceder em zonas residenciais ¿ um dos quais com mais de um quilómetro de frente na prefeitura de Miyagi. Segundo a agência de incêndios, cerca de 3400 edifícios foram destruídos, dos quais 181 públicos, como escolas.
Nesta altura, existem 5.5 milhões de pessoas sem electricidade desde o sismo de sexta-feira à tarde (madrugada em Lisboa). E cerca de um milhão está sem água também.
Ainda no mesmo âmbito, o primeiro-ministro Naoto Kan revelou que foram resgatadas cerca de três mil pessoas com vida, mas são 50 mil as pessoas envolvidas em operações de resgate às vítimas do sismo de 8,9 graus na escala de Richter que abalou o Japão sexta-feira, refere a agência nipónica Kyodo. O número de mortos estimados subiu este sábado para quase o dobro: 1800 terão perdido a vida.
Na prefeitura de Iwate, a maioria das áreas costeiras da cidade de Rikuzentakata ficaram submerses pelo tsunami e as águas ainda estão pela altura de um terceiro andar, refere a agência Kyodo. Também as cidades de Yamada e Iwade ficaram submersas.
Fonte oficial do município de Futaba, na prefeitura de Fukushima, disse à agência nipónica que 90 por cento das casas em três zonas costeiras foram arrastadas pelo tsunami. Não restou nada.
Com o país devastado e em choque com a tragédia que ali se abateu, esperar e parar parece ser uma obrigação maior. Na sequência do sismo e das dezenas de replicas que já teve, nove auto-estradas foram encerradas e 676 voos domésticos cancelados.
De sexta para sábado, as autoridades revelaram que 120 mil pessoas não conseguiram sair de Tóquio e regressar a suas casas, pois também os caminhos-de-ferro estiveram fechados e as filas de trânsito impossibilitavam a circulação. Várias linhas de comboio ainda permanecem suspensas.
As atenções voltam-se agora também para a fuga de radioactividade na central nuclear de Fukushima, que obrigou à de 300 mil pessoas. À tragédia do sismo seguida da devastidão do tsunami pode agora somar-se a radiação nuclear. In TVI24