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Quinta-feira, 23 de Junho, 2011
Uma nova vida em Braga

Hugo Viana reencontrou nos últimos dois anos, em Braga, os melhores momentos da sua carreira, depois um longo período passado em Espanha, repartido quase sempre entre o banco de suplentes e as bancadas.

A pouco mais de uma semana do início dos trabalhos no Minho, o médio, de férias em Albufeira, aponta o rumo dos arsenalistas para a nova temporada: o quarto lugar no Campeonato como objectivo mínimo.

«Já tinha estado em bom nível no Sporting em 2004. Fico contente com o que tenho feito, pois nas épocas anteriores a ter ingressado no Braga não correram como idealizara. Não penso no que está para trás mas no que posso fazer daqui para a frente. Nessas épocas, felizmente, não tive muitas lesões, mas tive muito tempo no banco e na bancada. E para quem gosta de ser sempre titular isso não é bom. Felizmente que estas duas últimas épocas já apagaram esse histórico», lembra Hugo Viana.


SC Braga e Panathinaikos reúnem-se com Nuno Gomes

António Salvador, presidente dos minhotos, apresentou proposta ao avançado. Jesualdo, treinador dos gregos, confirmou interesse.

Nuno Gomes recebeu do presidente do SC Braga, António Salvador, ontem, uma proposta para assinar pelos minhotos, justamente no mesmo dia em que ficou a conhecer o interesse de Jesualdo Ferreira em contratá-lo para o Panathinaikos.

O avançado, que completa 35 anos a 5 de Julho, não tomou qualquer decisão quanto ao próximo passo que vai dar na carreira - mas sabe que a proposta mais aliciante financeiramente chegou do México, onde o Puebla apresenta condições que, dificilmente, algum clube poderá igualar. Mesmo no Médio Oriente.

Nuno Gomes está a avaliar a oferta do SC Braga, depois de se ter reunido, em Lisboa, com o presidente dos arsenalistas. É a confirmação do interesse anunciado de António Salvador, que gostaria de contar no plantel da próxima época com o avançado que marcou 165 golos em 398 jogos pelo Benfica.

A ligação com os encarnados acaba no final do mês e, rejeitado o convite para prosseguir na Luz como dirigente, Nuno Gomes estuda as todas possibilidades para continuar nos relvados durante, pelo menos, mais um ano. A oferta de Salvador tem a sedução de permitir ao avançado continuar em Portugal, numa equipa competitiva, como provam o segundo lugar na Liga há dois anos e o quarto na época passada, na qual os minhotos eliminaram o Benfica para chegar à final da Liga Europa.

Grécia e México, muito México

Nuno Gomes teve oportunidade, também, de reunir-se, na tarde de ontem, com Jesualdo Ferreira, treinador do Panathinaikos. Neste caso, não recebeu uma oferta formal; o treinador português manifestou apenas o interesse em contratá-lo, embora sem a segurança de poder apresentar-lhe um contrato atractivo, devido à instabilidade no clube grego, resultado do desinvestimento da Direcção e da crise naquele país.

A BOLA

 
 
Sp. Braga: Plantel em ebulição

É um plantel em ebulição. E já com a base estruturada. A dez dias do arranque da nova época, Leonardo Jardim tem já o desenho da estrutura do novo plantel do Sp. Braga, faltando apenas limar algumas arestas e definir dossiês em termos de possíveis empréstimos após o estágio de pré-temporada, em Melgaço.
Já com oito reforços assegurados (Rodrigo Galo, Henrique, Nuno André Coelho, Imourou, Djamal, Zé Luís e Douglas) - faltando apenas a confirmação oficial de Baiano (defesa, ex-Paços de Ferreira) - e o criativo brasileiro Gerson Magrão do Dínamo Kiev a caminho para a posição dez (ver abaixo), há apenas pormenores a acertar, ou melhor, a esperar para análise.
É o caso do guarda-redes. Actualmente, há três nomes a assegurar a posição - Quim, Marcos e Cristiano - sendo que somente o último está apto a cem por cento para iniciar a época a todo o gás, mas é o mais jovem e menos experiente. Quim começa amanhã a trabalhar, mais cedo do que os restantes colegas, depois de um ano parado devido a grave lesão e Marcos está também há dois anos sem competir. Neste caso, Leonardo Jardim irá esperar para ver a evolução durante o início dos trabalhos, podendo mesmo não chegar mais nenhum guardião à ‘pedreira’. É assim na baliza e também será no ataque. Para já há cinco avançados no plantel, com a dúvida a pairar na permanência ou saída de Meyong e Yazalde.

Elevado salário atrasa vinda de Gerson Magrão


Será o próximo reforço do Sp. Braga. Faltando apenas acertar agulhas em questões de salário. Gerson Magrão, médio do Dínamo Kiev, é encarado como um jogador de qualidade e craque com a particularidade de jogar em várias posições - da defesa ao ataque, desde médio interior, lateral e como 10, posição que Leonardo Jardim reserva para o brasileiro no plantel - sendo por isso uma peça-chave para a nova temporada.
As negociações entre os dois clubes já duram há algum tempo - aliás, em Janeiro, Magrão chegou a ser oferecido ao clube arsenalista - mas o negócio esbarrou, até ao momento, no salário demasiado elevado que o médio recebe ao serviço dos ucranianos do Dínamo, que vai contra a política salarial e orçamental do Sp. Braga.
Neste momento, há dois cenários em aberto em cima da mesa: empréstimo com opção de compra ou a compra de 50 por cento dos direitos desportivos do jogador, cujo passe está avaliado em 2,5 milhões de euros pelo Dínamo Kiev.
Segundo fonte ligada ao pro-cesso, da parte dos clubes há total acordo em realizar o negócio, faltando chegar a acordo com o jogador quanto a números do vencimento. Uma das hipóteses, em caso de empréstimo, passa por o clube ucraniano suportar metade do salário e o Sp. Braga a outra parte. A vir a título definitivo, Magrão terá de ver o salário baixar consideravelmente.
Com 26 anos, Magrão formou-se no Cruzeiro, passou por Feyenoord, Flamengo e Dínamo.

CORREIO DO MINHO

 
 
Nuno Gomes mais próximo

O interesse em Nuno Gomes, que até ontem era oficioso, passou a oficial logo depois de almoço. António Salvador reuniu com o avançado para lhe fazer uma proposta concreta para um ano de contrato no Minho. Confirma-se, assim, a notícia de O JOGO de 9 de Junho, muito anterior a qualquer outro rumor, que apontava o ex-benfiquista ao Braga, e completamente independente do interesse em Farías, que nunca foi primeira opção para o ataque, mas sim um negócio de ocasião.

O presidente arsenalista foi, ontem, a Lisboa falar pessoalmente com o jogador. A reunião deu-se ao início da tarde, no escritório de advogados de Proença de Carvalho, bem no centro da capital portuguesa. Cordial, o encontro não foi longo, até porque o essencial Nuno Gomes já sabia: o Braga tem interesse em acolhê-lo no plantel.

O avançado também tem interesse em mudar-se para o Minho e cumprir o trajecto que Quim fez há exactamente um ano, precisamente na mesma condição de dispensado do Benfica. A amizade com o guarda-redes até pode ser um ponto a favor do Braga, nesta batalha pelo goleador. Mas, não será o principal. Apesar de estar habituado a um ordenado principesco, Nuno Gomes entende que, aos 34 anos, o dinheiro já não pode ser fundamental. Desgostoso com os meros 18 jogos feitos no campeonato - quase sempre, como suplente utilizado - o natural de Amarante quer provar ao Benfica e a Jorge Jesus que ainda tem qualidade e pode ser muito útil, não só numa equipa de topo, como também na Selecção Nacional, à qual deixou de ser chamado precisamente desde que foi relegado para terceiro plano no Benfica .

Ora, para cumprir esses planos, Nuno Gomes não poderá ir jogar para o México, Estados Unidos ou Austrália, países de onde tem propostas extremamente vantajosas, do ponto de vista económico, mas, cujos campeonatos são de dimensão reduzidíssima. Esse é o trunfo do Braga: grande dimensão em Portugal e cada vez maior na Europa.

O jogador ouviu a proposta de António Salvador e rumou depois ao Algarve, onde vai gozar alguns dias de férias. A verdade é que há outras propostas de clubes europeus em cima da mesa e, apesar de as duas partes terem acertado alguns pormenores, não há ainda negócio consumado. Certo é que ficou agendada nova reunião para depois de 30 de Junho e, nessa sim, é provável que se conclua o negócio antecipado por O JOGO, e que, ontem, ficou bem mais próximo.


Lima está à cabeça de muita concorrência

O Braga parece ser um excelente destino para Nuno Gomes voltar a jogar com frequência, mas, não se pense que o avançado terá tarefa fácil. A concorrência é apertada, especialmente a que virá de Lima, titular indiscutível na época passada, ainda que sem rendimento de monta na recta final da época - 16 jogos sem marcar. Há sempre a possibilidade de Leonardo Jardim adaptar o seu esquema preferido - 4x3x3 - de forma a que caibam dois pontas-de-lança, ou desviar Lima para uma das alas, como chegou a fazer Domingos Paciência, na Liga Europa. Isso parece, porém, mais improvável, havendo Ukra, Alan, Paulo César, Hélder Barbosa e, provavelmente, Magrão. Além de Lima, há mais três pontas-de-lança à procura de um lugar, sendo que o Braga dificilmente ficará com cinco e, por isso, viabilizará a saída de Meyong ou o empréstimo de Zé Luís. Douglas é quem tem o lugar certo, pois apresenta características específicas: é um verdadeiro homem de área e excelente cabeceador.


Quer recorde no Euro'2012


Estar presente na quarta grande competição por Portugal - Euro'2012 - é um objectivo definido e cuja concretização tornará Nuno Gomes recordista, em Portugal. É atrás disso que corre o jogador, que também sabe que mantém a confiança de Paulo Bento, ainda que o ex-companheiro e actual seleccionador nacional nunca o tenha convocado. Para voltar a rivalizar com Hélder Postiga e Hugo Almeida pelo lugar de ponta-de-lança, o seleccionador apenas lhe exige o ritmo físico que só se adquire com tempo de jogo. Claro que também são precisos golos, mas, esses são um velho hábito na carreira.

Nuno Gomes na Liga Zon Sagres

ÉPOCA CLUBE JOGOS GOLOS

1994/95 Boavista17 1

1995/96 Boavista28 7

1996/97 Boavista34 15

1997/98 Benfica 33 18

1998/99 Benfica 34 24

1999/00 Benfica 34 18

2002/03 Benfica 27 9

2003/04 Benfica 21 7

2004/05 Benfica 23 8

2005/06 Benfica 29 15

2006/07 Benfica 24 6

2007/08 Benfica 25 7

2008/09 Benfica 24 7

2009/10 Benfica 13 3

2010/11 Benfica 5 4


Factos


Perdoado?


Em Novembro de 2005, Nuno Gomes fez um gesto no Estádio AXA que desgostou os sócios bracarenses, ao simular estar a injectar-se depois de um golo do Braga. Os adeptos nunca lhe perdoaram. E agora?

Amigos

Se assinar mesmo pelo Braga, Nuno Gomes não se sentirá só, nem sequer nos primeiros tempos. No AXA já joga Quim, amigo e companheiro de vários anos, no clube e selecção. Hugo Viana também é um velho conhecido e até Jorge Ribeiro pode reencontrar.

Linha habitual


Não era normal o Braga contratar grandes estrelas portuguesas, mas, está a tornar-se um hábito: João Vieira Pinto, Hugo Viana, Quim e, agora, Nuno Gomes.

163 golos

Nuno Gomes já foi conhecido por Nuno Golos, e com razão. Só no campeonato. conta com 163, os últimos dois marcados em Paços de Ferreira, em Março.

Fim do sonho

Com 398 jogos pelo Benfica, Nuno Gomes sonhou chegar às quatro centenas, mas, foi travado pela intransigência de Jorge Jesus. O treinador só o utilizou sete vezes, cinco das quais no campeonato. Ainda assim, o número fica para a posteridade.

Mais eficaz

Um golo a cada 13 minutos de utilização fizeram de Nuno Gomes o jogador mais eficaz do passado campeonato. Um registo impressionante: 52 minutos e quatro golos.


Magrão a caminho para a a esquerda


O Dínamo de Kiev não foi só o adversário que o Braga eliminou nos quartos-de-final da Liga Europa. Neste momento, é o maior aliado dos minhotos na empreitada que visa trazer Gerson Magrão para Portugal. O médio tem contrato com os ucranianos e a vontade do Braga de o contratar é tão grande como a do Dínamo em "despachá-lo." Por isso, está já conseguido o acordo para a cedência por uma época, com o Braga a ficar com opção de compra. Falta convencer o jogador, que não quer abdicar do salário que recebe em Kiev. Mas, até nisso o Dínamo está disposto a dar uma ajuda e assumir parte da folha salarial, viabilizando o desejo de Leonardo Jardim. Jorge Baidek é quem está a comandar o negócio, que deverá ter fumo branco até à próxima semana. Basta que Magrão baixe um pouco as exigências.

Gerson Magrão é um médio polivalente. No Dínamo de Kiev, jogava frequentemente sobre a esquerda do meio-campo, não como extremo declarado, mas, mais como médio-ala. Em Braga, encaixa como extremo, médio interior e até lateral-esquerdo, uma vez que, no Dínamo, desempenhou, repetidamente, essas funções.

Esta provável contratação não exclui Jorge Ribeiro como alvo há muito identificado para o meio-campo. Caso tudo corra como Salvador deseja, então a competitividade na esquerda aumenta sobremaneira: Elderson, Marco Ramos, Imorou, Viana, Jorge Ribeiro, Paulo César, Hélder Barbosa e Magrão.



Experiência de Champions no currículo de históricos

Cruzeiro, Feyenoord, Flamengo e Dínamo de Kiev - esqueçam o Ipatinga, onde passou e brilhou intensamente, entre 2007 e 2008, e Gerson Magrão só representou grandes clubes. Começou num candidato ao título brasileiro, mudou-se para um dos três grandes holandeses e, em Junho de 2009, chegou a Kiev, depois de mais uma incursão por um grande brasileiro. Só no Feyenoord jogou pouco, e no primeiro ano em Kiev foi indiscutível no campeonato e na Liga dos Campeões.


Transferências leoninas não mexem com Hugo Viana


"Sinto-me bem em Braga, tenho três anos de contrato e já cumpri um, não recebi nenhum contacto do Sporting nem de outro clube nem tão-pouco seria bonito pensar nisso", sublinha Hugo Viana, quando confrontado com um hipotético regresso a Alvalade, para onde se mudaram, recentemente, o treinador Domingos Paciência e o central Rodríguez. Numa conferência de Imprensa promovida em Albufeira, ontem, o médio, mostrou-se, aliás, profundamente agradado com o facto de ter contribuído para enriquecer o historial dos minhotos, lembrando o segundo lugar na Liga e a final da Liga Europa, nas últimas duas épocas. Com 2011/12 já no horizonte, Hugo Viana garantiu que Leonardo Jardim será bem recebido e apoiado, tal como os novos jogadores do plantel: "O nosso trabalho é ajudar a que esta onda de sucesso continue por muitos anos". Quanto à saída de Domingos, comentou-a com naturalidade, lembrando que, "no futebol, há etapas que terminam", e, não obstante os elogios, pretende "ficar à frente dele no campeonato". O mesmo desejo, aliás, é aplicado a Artur, o guarda-redes que mora agora na Luz: "Ele é excelente e espero que tenha sorte… menos contra o Braga".



O JOGO

 
Benfica: Líder das águias pediu a António Salvador para não contratar o n.º 21
Nuno está perto do Sp. Braga com oposição de Vieira

Nuno Gomes está a um passo de terminar a carreira no Sporting de Braga, apesar de tentativas levadas a cabo pelo Benfica para que não represente outro emblema português.

O CM sabe que Luís Filipe Vieira tudo fez para evitar que o jogador envergasse outra camisola em solo nacional e até tomou a iniciativa de telefonar ao seu homólogo, António Salvador, pedindo-lhe para não o contratar.

No entanto, de acordo com as fontes contactadas, de nada terá valido o esforço e o líder do clube finalista vencido da última edição da Liga Europa (0-1, diante do FC Porto) reuniu-se, ontem, em Lisboa, com o ex-capitão encarnado.

A reunião terá durado menos de uma hora e, embora não tivesse havido uma decisão definitiva, restam poucas dúvidas de que Braga será o destino de Nuno Gomes na próxima época. O futebolista, de 34 anos, tem em carteira vários convites do estrangeiro, sendo uma delas do Galatasaray, orientado pelo seu ex-treinador na Fiorentina, Fatih Terim. Os turcos oferecem-lhe um milhão de euros/ano, mas o jogador dá preferência à continuidade em Portugal. Já teve uma experiência em Itália, que acabou da pior maneira, com a declaração de falência da Fiorentina, em 2002.

Nuno Gomes acalenta o sonho de voltar à selecção, quer ser seguido de perto por Paulo Bento e Salvador fez-lhe ver que os arsenalistas proporcionam-lhe essa possibilidade, considerando a competitividade demonstrada pelas suas equipas nas últimas três épocas. Além da vertente desportiva, o líder do Sp. Braga encara a contratação como um golpe de marketing.

O n.º 21 é uma das figuras mais carismáticas do Benfica, clube que tem enorme falange de apoio na cidade dos arsenalistas.


Negócio: Interesse do Estudiantes faz argentino hesitar

Ernesto Farías longe de Braga

Ernesto Farías parece estar cada vez mais longe do Sp. Braga. A entrada do Estudiantes de la Plata na corrida pelo avançado veio complicar um negócio que era dado como praticamente certo.

Segundo a imprensa argentina, ‘El Tecla’ pediu um ordenado muito elevado (a rondar o 90 mil euros/ mês) de forma a ‘arrefecer’ o interesse arsenalista.

Um telefonema do treinador da equ-ipa argentina, Miguel Angel Russo, entusiasmou Farías, que tem agora como grande objectivo o regresso ao seu país. O jogador, de 31 anos, chegou ao Porto em 2008 proveniente do River Plate. Durante os quatro anos de dragão ao peito nunca conseguiu impor-se na formação azul-e-branca.

Nas duas últimas épocas jogou nos brasileiros do Cruzeiro. O Estudiantes tem também como um dos objectivos para a próxima temporada a contratação de outro ex-dragão, Mariano González, que pode chegar a custo zero.


CORREIO DA MANHA

 
Leonardo Jardim recusa falar sobre Nuno Gomes
 

Numa altura em que Nuno Gomes, ex-Benfica, é apontado como possível reforço do SC Braga, o treinador Leonardo Jardim não quis comentar a possibilidade de contar com o internacional português.
 
«Não vou falar sobre esses assuntos do Braga. Estou aqui para falar da formação e mais nada», afirmou Leonardo Jardim. Mesmo perante a insistência dos jornalistas, o treinador não mudou o discurso: «Não vou falar sobre a situação do Braga e não estou disponível para isso».

Leonardo Jardim, presente no curso de treinadores da UEFA, apenas abordou o facto do SC Braga ter perdido o guarda-redes, laterais e centrais: «Todas as tarefas na minha vida são complicadas».
ABOLA
 
publicado por carlitos às 18:22

A noite de hoje é o ponto alto das habituais festas em honra de S. João que todos os anos por esta altura trazem muita animação e folia ás ruas da cidade.

Até os forasteiros animados pelas gentes da cidade, entram na festa para contarem esta experiência aos seus amigos e levando longe estas festividades da cidade de Braga.

Desde sempre que é considerada a noite mais longa do ano onde as pessoas ficam até à manhã seguinte entre cantares, rodopios, muita alegria e amizade.

Mesmo em tempo de crise vamos rindo e entretendo enquanto não se paga!

 

 

FESTAS POPULARES

S. JOÃO EM BRAGA

     

 As Festas de S. João em Braga decorrem nos dias 23 e 24 de Junho embora sejam antecipadas de um leque variado de actividades populares, culturais e recreativas, contando com a presença indispensável de ranchos folclóricos, bandas de música, grupos de Gigantes ou Cabeçudos, de bombos e "Zés P'ereiras", teatro, jogos tradicionais, concertos, etc...

O Programa das Festividades começa no dia 16 de Junho prolongando-se até ao dia 24.

A 23 realiza-se o Monumental Arraial Minhoto ao qual se associam todas as camadas sociais e que trazem à Cidade romeiros das mais variadas localidades bem como turistas nacionais e estrangeiros. É uma noite de folguedos e de romaria até à Capelinha de S. João localizada no Parque da Ponte, junto ao Rio Este. Esta capela foi mandada edificar pelo Arcebispo D. Diogo de Sousa pelos anos 1505/1532, tendo sido renovada em 1616.

A Avenida principal (Avenida da Liberdade) que liga o coração da Cidade ao referido Parque transforma-se num mar de gente que a percorre, subindo e descendo, entrecruzando-se, acotovelando-se, aqueles que ainda gostam de sentir o calor do Povo, a alegria jovem dos jovens de qualquer idade, o aroma dos manjericos ao mesmo tempo que vão aguentando as, por vezes violentas "marteladas" provocadas pelos, nem sempre, simpáticos martelinhos de plástico que vieram substituir o muito mais inofensivo e até simpático "alho porro".

Ao longo da Avenida proliferam barracas onde de tudo se vende um pouco, bem como as características tendas de "comes e bebes" e de farturas. Não falta a famosa sardinha assada (pelo S. João a sardinha pinga no pão) comida sobre um naco de boroa, acompanhada de vinho verde, o caldo verde "com tora" servido em malgas regionais de barro vidrado. Há ainda o cabrito assado típico na gastronomia da época.

No dia 24, durante todo o dia, as ruas da Cidade são percorridas por bandas de música e pelos alegóricos Carros do Rei David e dos Pastores. A meio da tarde, e da Igreja da Sé, sai a Procissão dos Santos Populares - Santo António, S. Pedro e S. João.

 

Image19.gifAs noites de 23 e 24 são animadas com fogo de artifício lançado do Monte do Picoto (dia 23) e queimado em forma de fogo preso, no Estádio 1º de Maio (dia 24).

 

 

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 PASSADO E PRESENTE

 

 Muitos dos usos e costumes e tradições das Festas Sanjoaninas já caíram em desuso. É o caso da serpe, das ciganas bravas, do porco preto, dos candeleiros e da dança das pelas. Restam-nos a Dança do Rei David e o Carro dos Pastores bem como a procissão dos Santos Populares.

Na Idade Media a procissão de Corpus Christi tinha carácter oficial competindo à Câmara a responsabilidade da sua organização e valorização. O mesmo veio a acontecer com as Festas de S. João.

A Corpus Christi, derivada da Festa de Diou, de Proença, foi introduzida em Portugal no tempo do Rei D. Dinis — 1270 a 1325.

O povo citadino e vindo das freguesias rurais circunvizinhas de Braga tinha por costume acompanhar esta manifestação da Fé Católica, incorporando-se nela com seus cantares e danças. Uma dessas manifestações era a mourisca que tanto se podia manifestar como uma dança ou como uma luta.

Sendo tão do seu gosto a mourisca não admira que a mesma passasse a fazer parte integrante da Procissão.

A dança mourisca era apresentada por doze homens vestidos à mouro, cantando e dançando com seu rei. As suas origens são anteriores às da Procissão de Corpus Christi. Tratava-se de uma dança palaciana, dançada em salões e festas particulares.

Reminiscência da ocupação moura nas terras da Lusitânia e que, segundo Bluteau, veio da Macedónia, era «...composta de muitos moços vestidos à mourana, armados de seus broqueis (pequenos escudos redondos) e varas a modo de lanças, tendo o seu rei com alforge na mão, a cujo sinal e ao som do tambor, andavam uns contra os outros, travando-se em ar de batalha». — In "S. João de Braga", de José Gomes.

A mourisca surge-nos sob outras formas, com outras versões, em diferentes partes do País, umas vezes simulando uma luta entre mouros e cristãos, outras em forma de dança em honra "do nosso Compadre João Baptista".

Pudemos verificar a existência destas diferentes versões na Ilha Terceira e em Viana do Castelo.

A partir do séc. XVII a Igreja Católica proibiu a apresentação da mourisca por a achar «imprópria», por herege, para acompanhar tão solene Procissão.

Numa tentativa para evitar a sua exclusão e manter a na Corpus Christi procurou o povo modificá-la imprimindo-lhe carácter religioso. Para tal, trocou os trajes mouros por outros hebraicos, transformando, assim, mouros em hebreus conduzidos por um rei também hebreu - o rei David - fundador da Cidade de Jerusalém e o Reino da Palestina. Como pastor e tocador de lira defrontou e venceu o gigante Golias

Porém, estas mutações não bastaram à Igreja Católica passando então a fazer parte dos festejos a S. João.

É com este novo aspecto, com esta nova roupagem, que nos é dado apreciar, todos os anos, a 24 de Junho, a dança de origens pagãs - A Dança do Rei David.

 

 

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AMAZONAS

 

 cabecudos.JPGUm outro costume das festas a S. João e que ainda hoje faz as delícias, quer da rapaziada nova quer dos mais velhos por nele reviverem seus tempos de criança é o "Costume das Figuras Gigantes" ou Amazonas ainda referenciados como Cabeçudos ou Gigantones.

Pela pena do escritor Dr. José Gomes podemos dizer que as Amazonas eram «figuras de prodigioso tamanho cujas cabeças de papelão e de enorme volume se sobrepunham a corpos feitos de roca de madeira ou verga, revestidos de fatos e adornos e como os vestidos caiam até o chão, iam dentro, encobertos, homens que levavam a máquina, fazendo dançar à roda as figuras e dando-lhes o jeito de reverências e mesuras, movendo assim notável gritaria e alvoroço no rapazio e riso e distracção em muita gente». 

Ainda hoje os cabeçudos transmitem uma alegre irreverência ao retractarem figuras ilustres da Cidade que, com o facto, se divertem com o humor que tal feito lhes merece. Nele não há malícia mas o humor simples e são do povo.

 

 

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 A DANÇA DO REI DAVID

 

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A Dança do Rei David, que no dia 24 de Junho percorre as ruas de Braga, sai do Largo de S. João do Souto, frente à Igreja do mesmo nome, onde faz a primeira exibição. Esta capela foi mandada edificar pelo Arcebispo D. Diogo de Sousa nos anos 1505/1532, tendo sido renovada, como se apresenta em nossos dias, em 1616.

 

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Igreja de S. João do Souto

 

É apresentada por doze homens, os pares, e o rei: dois são os guias, colocados à frente do grupo dividido em duas alas com cinco homens cada e que se designou pelo nome de tuna de fora.

Aos guias compete abrir a dança e ir buscar o rei, ao centro e ao fundo, entre as duas alas. Esta parte da dança é executada dançando para trás, sem virar as costas ao público. Deste modo trazem o rei à frente, onde dança, primeiro sozinho seguido depois pelo pares que se cruzam entre si mudando de ala.

 

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A Dança do Rei David, exibida, a pé, pela Cidade

 

Antigamente, o conjunto exibia-se nas ruas, a pé, mas, há já vários anos, que se faz transportar num carro ornamentado para o efeito, simulando um salão medieval, atrelado a um tractor.

 

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A música que dá vida a esta dança medieval é atribuída a um monge do Convento do Pópulo - Braga - de nome Agostinho. Embora haja outras versões sobre o autor da melodia que a acompanha não é possível determinar o seu primitivo autor. Há quem atribua a Fernando José de Paiva, com naturalidade em Famalicão e que se havia de radicar em Braga onde teria morrido em 1874.

É de todo o interesse salientar que a figura de rei David, nesta dança, tem passado de geração em geração. É pertença de uma família bracarense, com raízes na freguesia de Palmeira. Compete ao filho mais velho representar, todos os anos, a figura do rei e, essa função, tem vindo a ser seguida de geração em geração.

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O CARRO DOS PASTORES

 

O Carro dos Pastores, que representa um auto pastoril, teria surgido no séc. XVIII , na freguesia de Landim, concelho de Vila Nova de Famalicão sob o nome de Auto de S. João de Landim. Nele se representa o Nascimento de João Baptista. Surge a nossos olhos como um palco ambulante construído sobre um estrado ornamentado com folhas de hera e ramos de cedro (o que o levou a ser conhecido como o Carro das Ervas) ao qual se atrelavam duas possantes juntas bois. Mas, com as novas exigências urbanísticas e pela dificuldade em conseguir bois possantes foram as mesmas substituídas das por um tractor devidamente ornamentado para o efeito.

 

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Tractor que puxa o Carro dos Pastores - 1984

 

Voltando à descrição de Carro dos Pastores devemos dizer que, sobre o estrado onde decorre toda a cena, existe, ao fundo, como que um segundo palco (mais pequeno e mais estreito), com acesso por dois lances de escadas laterais. Nele podem ver-se dois pequenos anjos que irão ladear o Sanjoãozinho no momento da sua aparição. Sobre este espaço, em plano superior, surgirá um anjo pousado numa nuvem, nuvem essa conseguida por uma estrutura de madeira forrada a algodão em rama salpicado de pequenas estrelas. Falamos de um anjo pois apenas um aparece em cada exibição. Na realidade seguem no Carro mais dois para desempenhar o mesmo papel. É razão para isto o esforço de voz que lhes é exigido, por isso, a necessidade de os ir alternando. As suas vestes são de cores diferentes - branco, rosa e azul.

Como já referimos, o Carro dos Pastores é uma alegoria ao nascimento de S. João Baptista. Tratando-se de um auto pastoril inspirado no Evangelho segundo S. Lucas - "Não temas Zacarias porque foi ouvida tua prece e Isabel, tua mulher, parirá um filho e pôr-lhe-ás o nome de João" - não podiam faltar os pastores que aqui aparecem em número de catorze (sete rapazes e sete raparigas) de cujos cajados e pandeiretas pendem coloridas fitas. Usam chapéus de palha descaídos sobre os ombros, com a aba erguida, presa à copa e ornamentados de flores confeccionadas com fitas de seda dos mais variados tons. Do traje das pastoras constam uma saia, colete e avental guarnecidos com fitas coloridas, blusa branca, meia e sandálias. Os pastores trajam calção e colete com idênticos adornos, camisa branca, faixa vermelha na cinta, meia até ao joelho sobre o calção e sandálias.

Zacarias e Isabel, pais de João Baptista e o Anjo são outras das personagens da peça não esquecendo S. João Menino, personificado numa criança de três a quatro anos de idade.

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AUTO DO CARRO DOS PASTORES

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Este pequenino João é uma das figuras mais acarinhadas

Uma criança que personificou a figura de S. João Menino

 

O auto inicia-se com uma primeira actuação dos pastores cantando frente Zacarias e Isabel. Recordam alegremente o nascimento de S. João.

 

Do Baptista o nascimento

Neste dia recordamos

Justos votos de alegria

Em seu nome lhe rendamos

 

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Primeira actuação dos pastores - 1984

 

Terminada esta primeira dança é a vez de Isabel e Zacarias suplicarem ao Senhor o nascimento de um filho.

 

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Zacarias e Isabel suplicam o nascimento de um filho

 

Surgindo de entre a nuvem um anjo - o Arcanjo S. Gabriel- anuncia o próximo nascimento do filho tão desejado. Porém, Zacarias fica incrédulo atendendo à avançada idade da mulher. Ao ver a pouca fé de Zacarias o Anjo prediz-lhe um castigo. Surdo e mudo ficará.

 

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Deus acolheu tuas preces

Um filho te será dado.

 

Entre cânticos e danças o auto vai evoluindo até ao aparecimento do Menino João envolto em pele de ovelha. Os pastores cantam e dançam, em plena manifestação de alegria, louvando o Santo e apresentando-lhe as suas ofertas. Entre estas é de salientar a dádiva de um cordeirinho.

 

Vosso nascimento ó João Sagrado

Seja, em todo o mundo sempre festejado

Esta capelinha que nós vos tecemos

Deixai que com ela nós vos coroemos

Maior entre os homens

Nós vindes mostrar.

A quem o pecado

Nos vem resgatar.

 

 

Oferta de um cordeirinho:

 

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Ofertório

 

Era tão bonito

Mansinho cordeiro

Seja o vosso mimo

Vosso companheiro

E digamos todos

Que viva João

Que nos vem mostrar

A Salvação.

 

No acto das ofertas a João Menino os pastores beijam-lhe a mão com reverência. O Menino retribui com um gesto gracioso e brincalhão que provoca risos entre a assistência: dá uma bofetada na face de cada pastor.

 E, pela última vez, surge o Anjo que, do alto da alva nuvem, canta:

 

A memória de João

Por nós tanto engrandecida

Queira nos céus

Que neste dia

Seja sempre renascida.

 

O auto termina por uma contradança executada pelos pastores.

Todo este auto pastoril é acompanhado pela Banda Musical de Cabreiros, freguesia de Braga, chefiada pelo Senhor João Pires Brás.

A melodia original foi escrita por João Guedes e modificada, posteriormente, por Fernando José Paiva.

  

Esta página teve como base o livro "Rei David / Carro dos Pastores" de autoria de M. Helena Palha.

publicado por carlitos às 17:53

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